No próximo sábado e domingo, dias 12 e 13, o concelho elege a Camélia como a rainha do Festival Internacional. O local escolhido é o Lousada Country Hotel onde vai funcionar o Mercado das Camélias.
No sábado, o Mercado e a Exposição funcionam entre as 15h00 e as 22h00 e no domingo abre às 10h00 e encerra às 19h00. A entrega dos prémios do concurso com a atuação da Classe Ballet, da Associação de Cultura Musical de Lousada, um workshop e uma prova de degustação de Chá de Camélias e de produtos locais prometem animar a tarde. O dia termina com o concerto de Tiago Bettencourt, no Auditório Municipal.
A proposta para domingo de manhã, dia 13, é uma visita pelos jardins de camélias existentes no concelho.
Passeio pelos Jardins de Camélias
A sugestão de domingo de manhã é participar numa visita guiada por jardins com camélias. Inserida no Festival Internacional das Camélias esta iniciativa é gratuita e o ponto de encontro é a Loja Interativa de Turismo de Lousada, pelas 9h00, existindo um autocarro gratuito à disposição dos interessados.
O Jardim do Senhor dos Aflitos é o primeiro local a visitar seguindo-se a Casa do Porto, em Santa Margarida, e a Casa de Vilar na freguesia de Vilar do Torno.
A Capela do Senhor dos Aflitos, no centro da Vila, é ladeada por um jardim de beleza incontornável, onde as camélias são uma presença forte. Neste local encontramos a denominada “Rua das Camélias”, constituída por dois pequenos arruamentos ladeados de camélias portuguesas, como a Arcozelo e D. Pedro V e a Pomponia Alba Monstruosa, bem como, camélias japónicas como a Alba Plena. O templo, um dos elementos mais emblemáticos do concelho, concluiu-se em 1892, enquanto o ajardinamento, iniciado em 1898, prolongou-se pela década seguinte sempre com melhorias ao longo dos anos.
Localizada na freguesia de Santa Margarida, a Casa do Porto é um palacete erguido por entre vinhas e campos de cultivo. A casa pertença da nobre família Vale Peixoto de Sousa Villas-Boas conta com várias figuras ilustres, entre elas Manuel do Vale Peixoto Pinto de Sousa Villas-Boas, último Capitão-Mor de Lousada, com ação notável durante as Invasões Francesas, grande liberal, foi perseguido no reinado D. Miguel, ficando expropriado de todos os seus bens.
O roteiro pelos Jardins de Camélias encerra na Casa de Vilar, emVilar do Torno e Alentém, onde se encontra instalado o Museu de Imagem Animada. Nesta casa, que remonta provavelmente a 1880 – reconstrução de anterior edifício –, viveu o poeta Álvaro Feijó, do qual se assinala este ano o 1.º centenário do nascimento. Aqui também o poeta Manuel Alegre, que se encontrava escondido antes da partida para o exílio, ouviu pela primeira vez de Adriano Correia de Oliveira a “Trova do vento que passa”.
Produtos locais com camélias
Bolachas, chás e compotas são os principais produtos confecionados em Lousada tendo como matéria-prima principal a Camélia.
O Festival Internacional das Camélias, promovido pela autarquia há seis anos, permitiu criar uma nova gama de produtos artesanais que têm o seu auge de produção e venda no evento. A Quinta da Magantinha apresenta o chá de Camélias que pode ser acompanhado por bolachas de Camélias barradas com a respetiva compota da flor. A terminar um licor de Camélia.
A Camélia é também motivo de inspiração para as artesãs locais elaborarem os seus trabalhos e criações. São sobretudo artigos artesanais contemporâneos, nomeadamente bijuteria, malhas, tecidos, pinturas de diversas técnicas, nas quais está implícita a Camélia, na sua forma, cor e diversidade.
