Selo de Boas Práticas no apoio aos Cuidadores Informais

Foram divulgados os resultados da 2ª edição da Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI) e o Município de Lousada recebeu, pela segunda vez, o selo de mérito do Movimento Cuidar dos Cuidadores informais. A atribuição deste prémio tem como missão reconhecer os municípios e as freguesias do território nacional com as melhores práticas e as medidas de apoio em benefício dos cuidadores informais.
A Bolsa de Cuidadores designada “Lousada Cuida”, criada em maio de 2021, tem como objetivo implementar respostas de apoio social dirigidas aos cuidadores informais.
Os princípios básicos passam por criar substitutos dos cuidadores informais, permitindo que quem cuida tenha tempo disponível para si. Desta forma, a Santa Casa da Misericórdia, no âmbito da implementação do Centro de Apoio ao Cuidador Informal de Lousada, propôs uma parceria ao Município e acordaram desenvolver uma atuação conexa e concertada com o objetivo geral de criar uma bolsa de cuidadores formais que possam substituir temporariamente os cuidadores informais, em períodos curtos de tempo, permitindo aos cuidadores algum tempo para descanso e para a realização das suas necessidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar do cuidador e da pessoa cuidada.
Esta iniciativa surgiu na sequência da maioria dos cuidados continuados de longa duração prestados a pessoas que por razão de doença ou incapacidade ficaram dependentes de terceiros, serem exercidos por familiares ou pessoas próximas, não remuneradas e que assumem o papel de cuidadores informais.
A Vereadora da Ação Social, Dra. Maria do Céu Rocha, destacou o facto de “ser cada vez mais importante que os cuidadores informais que estão, na maioria das vezes, 24 horas a tratar de alguém, tenham tempo para si próprios. Devemos lembrar-nos que cuidar de alguém a tempo inteiro que seja dependente, requer disponibilidade, atenção permanente, esforço e readaptação do quotidiano, das vivências e das dinâmicas familiares levando exaustão física, psicológica e social, comprometendo, a qualidade de vida do cuidador informal e, até mesmo, dos cuidados prestados”.
De acordo com dados da RACCI, no ano passado, com o apoio de algumas das entidades locais, foram realizadas ações de formação presenciais para os cuidadores informais, de modo a que estes tivessem a oportunidade de esclarecer dúvidas e partilhar informação.