Impacto económico da Covid-19 no Turismo Local
No Dia Mundial do Turismo a autarquia de Lousada anuncia os resultados do inquérito sobre o impacto económico da Covid-19 no Turismo Local, depois de promover um inquérito voluntário e anónimo, junto dos agentes económicos da área do turismo, para avaliar o impacto da pandemia no setor.
No total responderam 31 empresas, 12 alojamentos turísticos, oito restaurantes, seis agências de viagens, um museu e quatro empresas de outros setores de atividade, das quais 61,3% são empresas em nome individual.
Do inquérito pode-se aferir que apenas 12,9% dos agentes não encerrou temporariamente a atividade, sendo que na sua grande maioria o tempo médio de encerramento foi de dois meses.
De acordo com as respostas fornecidas e de forma global, a maior fatia (29%) da percentagem de diminuição do volume de faturação centrou-se entre os meses de maio de julho, encontra-se entre os 0% e 25%, logo seguida da fatia entre os 25% a 50% de diminuição, com 18%. Apesar disso, houve casos em que se sentiu um aumento da faturação da empresa (5% das empresas).
Como fator positivo, destaca-se que a maioria dos inquiridos refere estar a registar uma subida na procura dos seus espaços (71%), sendo que, no caso do alojamento 90,05% esta procura refere-se ao turista nacional e, no caso da restauração, 68,8% da procura é essencialmente de clientes locais/habituais. A maioria dos agentes económicos refere estar a sentir um aumento gradual no volume de negócios.
Relativamente aos apoios, apenas 38,7% das empresas refere que recorreu ao layoff e, em 46,7% dos casos, este mecanismo foi aplicado a todos os funcionários. Só uma pequena fatia das unidades (22,6%) recorreu a outras linhas de apoio, com uma taxa de 66,7% de aprovação. Perante este cenário e período excecional, 19,4% das empresas ponderou pedir insolvência.
No que concerne aos funcionários, 88,9% dos agentes económicos conseguiram evitar despedimentos e 70,8% destes estão ainda confiantes que vão conseguir manter o mesmo número de funcionários.
Finalmente, quando questionados sobre outras candidaturas de auxílio às empresas, 66,7% refere que os apoios foram aprovados e, por outro lado, 80,6% nunca ponderou pedir insolvência. Quanto às iniciativas governamentais de apoio, 66,7% consideraram-nas insuficientes e 26,7% satisfatórias.
O Vereador do pelouro do Turismo, Dr. Nélson Oliveira, deixa um agradecimento “ao envolvimento voluntário dos inquiridos, pois só com a colaboração destes agentes económicos se consegue chegar a estes valores e ter uma perceção mais coerente das dificuldades sentidas por esta área económica”.
Ainda de acordo com o Dr. Nélson Oliveira “o Turismo foi um dos setores mais afetados com a pandemia e continua num cenário de incertezas e, por essa via, o Município de Lousada desenvolveu uma série de esforços junto do Governo no sentido de alocar mais apoios para esta área fundamental para o nosso concelho, região e país, esperando que no futuro as medidas que já estão a ser preparadas surtam efeitos positivos”.