VI Jornadas da Educação

As VII Jornadas centrar-se-ão nos desafios que se colocam à escola pública em tempo de pandemia. Com a ajuda de ilustres pedagogos e figuras do meio académico, tentaremos refletir sobre os efeitos causados pela adaptação que foi necessário fazer, desde que fomos assolados pela atual pandemia, a forma como as escolas rapidamente tiveram de se reorganizar e responder à situação. Nesta reflexão, também abordaremos a forma como os docentes tiveram de se reposicionar e alterar as suas práticas e modos de trabalho, com todas as consequências que tal alteração obrigou: confinamento em casa com distanciamento dos alunos e dos pares; paralisia quase completa dos órgãos pedagógicos e consequente falta de enquadramento e apoio organizacional, quer formal quer pedagógico; falta de recursos materiais/tecnológicos e de experiência no uso de suportes pedagógicos adequados ao ensino à distância, nomeadamente ao nível comunicacional e da avaliação dos alunos. Todos se empenharam e responderam ao desafio, mas falta averiguar se os efeitos e resultados corresponderam ao enorme dispêndio de energias. Ficamos todos demasiado cansados e cientes que não respondemos de forma cabal aos desafios da inclusão e da escola para todos, restando a sensação que a escola não cumpriu a sua missão de nivelador social e que se aprofundaram as desigualdades entre os alunos. E agora já temos pela frente um novo desafio que tem a ver com a abertura do novo ano. Por isso, à pergunta “que escola tivemos nestes últimos tempos?”, seguir-se-á fatalmente uma outra “que escola iremos ter neste futuro próximo?”.

Objetivos propostos

Estas VII Jornadas da Educação de Lousada têm como principais objetivos:

- Discutir os conceitos de ensino presencial e de ensino a distância em contexto escolar;

- Identificar exemplos de dificuldades organizacionais, metodológicas e pedagógico-didática e tecnológica na adaptação de um ensino tradicionalmente presencial para novos modos de trabalhar através do uso de ferramentas de suporte ao ensino a distância;

- Analisar os efeitos quer ao nível pessoal, quer ao nível profissional, emocional, relacional e outros que a nova realidade implicou e implicará;

- Identificar consequências negativas desta realidade que terão implicado na emergência de uma escola menos inclusiva e potenciadora das desigualdades de acesso ao conhecimento, discutindo formas de contornar e minorar esta situação;

- Criar ambientes de reflexão partilhada que apontem caminhos que conduzam a novas formas de organização escolar e a modos de trabalho dos docentes, propiciadores de estabilidade emocional e relacional, contribuindo para que a missão social e educativa da escola se cumpra integralmente;

- Perspetivar formas híbridas de trabalhar, num contexto de um “novo normal” que aproveitem o que de melhor têm os dois sistemas: presencial e online.